Casos “extremos”: Cepeda leva todos por diante em punhado de minutos
Em seu primeiro jogo como titular na “Roja”, marcou dois gols e deu uma assistência. Osorio, Dávila e Valdés, que só saíram da equipe por problemas físicos, nem converteram nem habilitaram.
Ricardo Gareca lamentou mais de uma vez que a seleção chilena foi a mais afetada por lesões na América do Sul. Tenha ou não razão, o certo é que esse problema acabou sendo uma solução, pois permitiu a entrada pela primeira vez como titular de Lucas Cepeda, que foi a figura no único triunfo oficial de 2024, o 4-2 de terça-feira sobre a Venezuela no Estádio Nacional.
Sob o comando do “Tigre”, que costuma apostar em um esquema 4-2-3-1, os pontas devem desempenhar um papel fundamental. Por isso, a improdutividade dos “queridinhos” do treinador nessa posição tem sido cara, como fica evidenciado nas estatísticas de um ano para esquecer da “Roja”, que o canhoto do Colo Colo ajudou a salvar.
O combinado criollo disputou nove jogos por pontos desde a chegada do argentino, em janeiro passado, e em seis deles escalou a dupla Darío Osorio e Víctor Dávila como laterais. Estando ambos à disposição, a única exceção foi na estreia na Copa América, quando o jogador do Midtjylland foi suplente e Diego Valdés se deslocou para um lado.
A “Joya” e o ex-jogador do Cska de Moscou, os preferidos, se machucaram antes desta dupla data Fifa. Só então o treinador decidiu “arriscar tudo” e escolher outras opções, como Alexander Aravena, que foi titular na visita de quinta-feira da semana passada ao Peru, enquanto Valdés estava do outro lado.
Como este último sofreu uma lesão em Lima, finalmente se abriu um espaço para Cepeda na equipe, com o “Monito” na outra ponta. E em sua estreia desde o início, em apenas alguns minutos, o formado em Santiago Wanderers fez mais do que todos que ocuparam essas posições na “Equipe de Todos” durante a temporada.
No total, em 141′ divididos em três jogos – já que entrou do banco contra Brasil e Colômbia – o colocolino somou dois gols e uma assistência para a seleção nacional. Osorio, considerando apenas 2024, jogou 496′ em sete duelos oficiais, sem conseguir marcar ou dar uma assistência.
Dávila, também em sete apresentações e 502′, é outro que também não conseguiu contribuir no placar ou dando um passe-gol. Por sua vez, Valdés, que teve que lidar constantemente com os inconvenientes físicos e que nem sempre atuou colado a um lateral, esteve em quatro jogos e 272′, sem deixar nenhuma marca ofensiva.
Dessa forma, fica instalada a dúvida de olho em 2025: quando os titulares se recuperarem, Gareca seguirá insistindo com eles?
Vargas paga a aposta de Gareca
A diferença do que aconteceu com os pontas preferidos de Gareca, o “Tigre” apostou em Eduardo Vargas como seu centroavante titular, apesar das questões. E “Turboman” respondeu com louvor, recuperando as sensações de seus melhores momentos na seleção chilena.
O “Edu” jogou desde o início nos nove jogos oficiais de 2024 e também nos três amistosos, e em ambas as instâncias esteve presente no placar. De fato, é o artilheiro da “Roja” nas Eliminatórias em andamento, com três gols, já que marcou contra Bolívia, Brasil e Venezuela.
A isso se somam os gols convertidos anteriormente contra Albânia e Paraguai, para um total de cinco no ano. Com isso, o atacante do Atlético Mineiro se aproxima lentamente do recorde de Alexis Sánchez e agora está a apenas seis gols do artilheiro histórico, que deve voltar para 2025.