2008/09 Taça de Portugal
3rd Round
Saturday, 18 October 2008 (20h30 local time)
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, Leiria (3,584 att.)
Ref: Carlos Xistra [AF Castelo Branco]
União de Leiria 0-1 SPORTING
(Liedson 30')
SPORTING
Tiago (6)
Pedro Silva (5) [Abel (-) 90'+2'] - Tonel (6) - Polga (6) - Grimi (4)
Miguel Veloso (5)
João Moutinho (6) - Izmailov (7)
Romagnoli (6) [Rochemback (4) 78']
Liedson (8)- Hélder Postiga (6) [Derlei (5) 71']
Subs not used: Ricardo Batista, Daniel Carriço, Pereirinha, Yannick Djaló.
Coach: Paulo Bento
União de Leiria
Fernando (6)
Márcio (3)
[Pateiro (4) HT] - Wagnão (3) - Luiz Carlos (5) - Patrick (5)
Tiago (5)
Marco Soares (4) - Luís Manuel (4)
[Vanderlei (3) 82']
João Pedro (5) - Cássio (4) - Ouattara (4)
[Pedro Cervantes (3) 57']
Subs not used: Ricardo, Bruno Miguel, Paulo Vinícius, Thiago Corrêa.
Coach: Paulo Alves
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Booked: Tiago (UDL 66'), Luiz Carlos (UDL 74'), Izmailov (SCP 90'+2').
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Players ratings by O Jogo
Que falta fazia um grande 31
by Jean-Paul Lares in O Jogo
19.10.2008
A paragem no Campeonato permitiu ao Sporting recuperar os índices de confiança abalados pelas derrotas sofridas antes os dois principais adversários na luta pelo título, Benfica e FC Porto, e, na estreia na Taça de Portugal, competição que venceu nas duas últimas edições, o leão regressou aos triunfos, batendo de forma justa e clara o União de Leiria.
Dito isto, torna-se necessário identificar o factor determinante para o sucesso verde e branco no jogo de ontem: o regresso de Liedson à titularidade. Mais de seis meses depois da lesão que o afastou dos relvados, o avançado baiano voltou ao estádio onde tinha apontado o último golo e demonstrou toda a sua importância para as ambições colectivas da equipa ao decidir a contenda com um momento genial, só ao alcance dos atletas de eleição.
O peso de Liedson não se mede apenas em golos, ou, sequer, nos desequilíbrios que provoca, pois também o impacto psicológico da sua presença deve ser devidamente avaliado. Com o 31 em campo, a confiança da formação leonina cresce na exacta medida em que os companheiros acreditam na sua capacidade para decidir qualquer contenda, ao mesmo tempo em que a segurança defensiva dos adversários é constantemente ameaçada pela incerteza que o seu talento provoca. O acréscimo de agressividade que concede aos seus e o temor reverencial que incute em todos os outros está na origem de um efeito que, nas duas últimas décadas do futebol português, só Jardel terá conseguido superar.
Com ele, este Sporting será indubitavelmente mais forte, até porque o seu génio permite disfarçar as lacunas de criatividade que o meio-campo possa, a espaços, acusar. Ontem, Liedson sossegou também os adeptos do clube, ao demonstrar que o 31 está de volta com capacidades intactas.
Evidentemente que o sucesso visitante no embate da Cidade do Lis não é mérito exclusivo do matador, mas também o fruto do total controlo exercido pelo colectivo durante toda a partida. Dando-se ao "luxo" de, pela primeira vez na temporada, abdicar de alguns elementos até agora fundamentais na estrutura da equipa, Paulo Bento fez descansar Rui Patrício, dando a baliza a Tiago, colocou Pedro Silva no lugar de Abel e, deixando Rochemback no banco, promoveu outro regresso essencial: Izmailov voltou ao posto de interior-esquerdo, conferindo doses de agressividade e acutilância nas transições que o leão não conhecia desde que uma lesão afastou o internacional russo do onze.
Assim, e frente a um Leiria que, apesar de bem organizado por Paulo Alves, era manifestamente incapaz de incomodar em demasia, o Sporting poderia mesmo ter conseguido um resultado bem mais expressivo, não fossem as defesas de Fernando, o desperdício de excelentes ocasiões por parte do contra-ataque verde e branco e as decisões erradas da equipa de arbitragem: um golo mal validado e muitos foras-de-jogo mal assinalados. Agora, estão reunidas as condições para uma viagem bem mais tranquila até Donetsk, onde se joga o apuramento na Champions.
:star:
A Estrela:star:
LIEDSON (8/10)
Baiano voltou a resolver seis meses depois onde marcara último golo
Quase seis meses depois de se ter lesionado, Liedson voltou a integrar a equipa inicial do Sporting, e logo para marcar o golo da vitória, no campo onde tinha marcado o seu último golo, 181 dias antes. Mal o jogo começou, o 31 mostrou ao que vinha: aos 2' meteu o pé e deixou o sempre viril Tiago estendido no chão, lance de contacto físico que lhe deu confiança para o resto do jogo. Depois, foi só vê-lo regressar ao seu melhor nível, assumindo-se como o primeiro defesa, tabelando, assistindo, rematando... À meia hora de jogo, entre três defesas, sofre falta - não assinalada -, levanta-se, rodopia e foge aos adversários com o apoio de um toque de calcanhar, e já na grande área fuzila Fernando com o pé esquerdo. Jogo resolvido.