O problema do fernandinho sequer é o gol, as pernas bambas do Fernandinho vimos no 7 x 1. Esses gols de corners viraram uma piada, pois quase nenhum time no mundo sabe defender bola parada hoje em dia. A defesa se posiciona e pronto, não movimenta com o adversário, não ocupa espaço, não agride a bola. Mas jogadores como Fernandinho vão atrair a desgraça pois são ponto franco. É um jogador absolutamente normal, sequer um marcador muito agressivo. Por que joga na europa, dentro de um time mais forte do que os outros, ganha o lugar no time, como se representasse muito. Você pode até ganhar uma copa com um desses, mas no fundo, você tem outros jogadores que falham sobre pressão no time como o Thiago Silva (que não tem culpa de nada desta vez), Willian, jogadores meia-boca feito Fagner, úteis mas com fraquezas feito Marcelo e Paulinho e um cara que é bom, mas fora de sintonia e forma como Jesus, alguma coisa ia dar errado. Muita coisa errada do lado direito.
O Tite é o maior responsável, passou o ano vendendo até noite em motel, ao invés de usar o respaldo que conseguiu nas eliminatórias e os amistosos neste ano (primeira vez deste 2002) para fortalecer o grupo e preparar os reservas, usou para, igual Scolari, Dunga e Parreira, fechar com o grupinho. Todo jogo era o mesmo time e as mesmas substituições: Willian, Firmino, Fernandinho. Essa mania escrota de valorizar jogador europeu que não é o melhor e dar toda chance, não importa se ele está jogando ou não, ou em qual liga, e desprezar o jogador daqui tira do Brasil uma vantagem que apenas nós podemos ter: duas fontes qualificadas de jogadores para escolher, sendo que uma, por conta do calendário, fornece jogadores em melhor condição física do que a outra. Isso não apenas atrapalha a renovação da seleção, como ainda agride o nosso futebol, pois o cara sente que tem mais chance de ser convocado sendo campeão na Ucrânia, inexistente até na Liga Europa, do que sendo campeão da libertadores. O campeonato aqui pode não ter times como o Real ou Barcelona, mas a pressão daqui, a variedade de times é alta, ajuda a selecionar jogadores, especialmente aqueles que podem compor o grupo, feito esses Fernandinhos, e entrar durante um jogo. É ridículo que o Luan do Grêmia tenha 1 chance e o Taíson várias sem mostrar nada. Mais ainda com o Artur e o Fred em um jogo (e vamos falar: muito suspeita essa convocação de um cara que logo depois foi vendido. Tiveram uma baita chance de desconvocar o cara e ainda assim resolveram morrer abraçados com o grupo. Parece - nenhuma surpresa - que a força dos empresários na convocação continua).
Sem sentido o Tite jogar dois anos com um sistema e chegar na Copa com um outro e ir até o fim com esse sistema. Com o Renato Augusto a bola rodava mais, para ir de um lado e de outro, o time conseguia ser mais espalhado e ser compacto. Agora, feito o time de 2014, para a bola ir de um lado a outro com velocidade, precisava de lançamentos longos do Douglas Costa, pois o Coutinho ficava tentando as enfiadas mágicas pelo meio e não tem essa visão para fazer a bola girar. Nosso centro-avante voltou a ser cone na área para servir de referência aos meias abertos (apenas de Willian ser um imbecil que abre e dá um bico para área, não um cruzamento), o Paulinho ficou mais preso como segundo volante. Claro, tudo isso pode ser por que sem o Daniel Alves o Tite não confiava em outro lateral para ocupar o lado direito - mas ele teve um ano para preparar um lateral para o lugar do Daniel, que já era o pior jogador do time do Tite, em clara decadência, mas nunca fez isso. Enfim, em 2017 perdemos o técnico e ganhamos o palestrante de auto-ajuda.